
MORDIDAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA ANÁLISE DAS INTERAÇÕES, EMOÇÕES E MEDIAÇÕES PEDAGÓGICAS NO CONTEXTO ESCOLAR
Estudos em Ciências da Educação
ANA PAOLA DA SILVA BETTO
ELIANE TEREZINHA MIGLIORINI
CLEONIRSE SPIBIDA
GABRIEL CARDOSO DO NASCIMENTO
ISADORA FACCHINI
JOÉLI DALLASTA
MÁRCIA RITA WUSTRO
PAULA ROBERTA DADALT
TATIANA DO NASCIMENTO
DOI: 10.46898/home.
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Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as ocorrências de mordidas na educação infantil à luz do desenvolvimento infantil, das interações entre pares e das práticas pedagógicas de mediação e intervenção. A pesquisa, de natureza qualitativa e exploratória, baseia-se em revisão bibliográfica de autores clássicos e contemporâneos da pedagogia, da psicologia do desenvolvimento e da educação infantil, além de documentos normativos brasileiros. Parte-se do pressuposto de que a mordida é uma forma legítima de expressão corporal, especialmente na fase pré-verbal, e que deve ser compreendida como linguagem afetiva e relacional. A análise teórica revelou que esse comportamento, frequentemente tratado como problema disciplinar, é na realidade uma manifestação do processo de socialização e do enfrentamento das frustrações e dos limites impostos pela convivência coletiva. A literatura evidencia a importância da escuta ativa, da mediação qualificada por parte dos educadores e da institucionalização de práticas pedagógicas que valorizem o conflito como possibilidade de aprendizagem ética. Constatou-se que respostas punitivas ou moralizantes tendem a silenciar as crianças e a comprometer a construção de vínculos saudáveis no ambiente escolar.
Data de submissão:
18 de abril de 2025, 22:01:33
Data de publicação: