Resumo: O presente artigo analisa o potencial de desenvolvimento econômico sustentável nas comunidades quilombolas do Baixo Tocantins (com destaque para Baião, Mocajuba, Cametá, Igarapé-Miri e Abaetetuba). No contexto específico da micro região de Cametá. O cultivo de açaí, cacau e a coleta da castanha-do-pará são atividades centrais nessa dinâmica, enquanto a infraestrutura do Porto de Vila do Conde, em Barcarena, funciona como um eixo estratégico para a exportação desses produtos. Isso potencializa a valorização de uma produção com origem sustentável e culturalmente autêntica. Adotando uma perspectiva interdisciplinar que integra empreendedorismo social, economia solidária e práticas ASG (Ambiental, Social e Governança), buscase demonstrar como essas iniciativas promovem autonomia econômica, inclusão social e preservação cultural, reforçando a importância do empreendedorismo como vetor de transformação socio econômica e ambiental. A marca Amazônia surge como uma narrativa poderosa no imaginário coletivo global, sendo associada à biodiversidade, à sustentabilidade e à autenticidade cultural. Produtos que carregam a identidade amazônica, especialmente aqueles oriundos das comunidades quilombolas, transcendem o mercado tradicional ao representarem uma relação harmônica entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Esse selo implícito de sustentabilidade confere um diferencial competitivo relevante, atendendo às demandas de consumidores conscientes, particularmente em mercados premium e de luxo. Os produtos emblemáticos da Amazônia, como o açaí, o cacau e a castanha-do-pará, destacam-se como vetores de desenvolvimento sustentável para as comunidades quilombolas do Baixo Tocantins. Esses itens ganham ainda mais relevância sob a luz da marca Amazônia, atendendo às exigências de rastreabilidade e certificações de sustentabilidade.