O artigo "As bacias do Prata e Amazônica: projeto geopolítico de Unidade Territorial" explora a intersecção entre geopolítica, história e cartografia na formação do território brasileiro. A análise se concentra no pensamento de Nelson Werneck Sodré e outros geopolíticos do período, com destaque para o papel das bacias hidrográficas do Prata e Amazônica como elementos de unificação territorial. O texto revisita o mito da Ilha-Brasil, uma lenda que se consolidou na cartografia colonial e que serviu como fundamento para a concepção de um território integrado e indivisível, legitimando as pretensões expansionistas portuguesas no Novo Mundo. A obra de Sodré é analisada sob a ótica de como as vias de comunicação fluvial, aliadas à malha ferroviária, foram vistas para a formação do mercado interno e a consolidação da unidade territorial brasileira.