Dentes tratados endodonticamente frequentemente apresentam comprometimento estrutural, exigindo o uso de retentores intrarradiculares para garantir retenção e estabilidade às restaurações protéticas. Tradicionalmente, pinos metálicos fundidos ou pré-fabricados foram amplamente utilizados, mas suas desvantagens, como alto módulo de elasticidade, potencial corrosivo e estética insatisfatória, levaram à busca por alternativas. Os pinos fibrorresinosos e cerâmicos surgiram como soluções viáveis, proporcionando melhor estética, biocompatibilidade e distribuição de tensões mais favorável à estrutura dentária. Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre as técnicas restauradoras e as propriedades dos materiais utilizados na cimentação de pinos estéticos. A pesquisa foi realizada em bases de dados como PubMed e SciELO, considerando artigos publicados entre 2010 e 2025, com os descritores “esthetic post”, “dental cementation” e “fiber post retention”. Os resultados indicam que, apesar da boa compatibilidade dos pinos estéticos com os sistemas adesivos, a principal causa de falhas está associada à perda de retenção, devido a falhas adesivas na interface entre o cimento resinoso e a dentina radicular. Estudos recentes apontam que o pré-tratamento da superfície do pino e a modificação da dentina radicular podem melhorar a adesão e, consequentemente, a longevidade da restauração. Dessa forma, compreender as propriedades dos materiais empregados e aperfeiçoar as técnicas restauradoras são fundamentais para otimizar o desempenho clínico dos pinos estéticos e reduzir falhas adesivas.