Este artigo apresenta um recorte de uma atividade realizada com uma aluna cega para explorar os conhecimentos relacionados ao ciclo dia e noite. O objetivo é destacar a importância das Tecnologias Assistivas (TAs) no apoio a alunos cegos, possibilitando-lhes oportunidades iguais de participação e interação na sala de aula regular. Como base teórica, adotamos a Teoria da Objetivação (TO), que ressignifica o processo de ensino e aprendizagem ao enfatizar o trabalho conjunto, concebido como atividade, permitindo que a estudante transforme seus saberes atuais em conhecimentos científicos, além de adquirir familiaridade com as TAs empregadas na tarefa. Para analisar as interações, utilizamos um dispositivo analítico que abrange não apenas as falas, mas também gestos, movimentos corporais e expressões faciais, enriquecendo a compreensão do processo de aprendizagem. Os resultados preliminares indicam que o uso de TAs pode ampliar a autonomia dos alunos cegos em sala de aula, promovendo uma participação mais ativa no processo de aprendizagem.